A partir da análise da organização espacial do Cemitério de Usaquén em Bogotá, este texto propõe que o espaço do cemitério funciona como um cenário em que se reforça e se reproduz a ordem hierarquizada da sociedade. Esta ordem, no entanto, não é admitida nem internalizada totalmente pelos usuários do cemitério. Através das práticas como o culto das almas benditas, a ordem social hierarquizada é anulada, em um ciclo que se repete todas as semanas quando se realiza este ritual. Com a exploração deste estudo de caso, propõe-se que as pesquisas referentes às práticas sociais relacionadas com a morte são de grande utilidade para compreender as sociedades que as produzem.