Toda  doença é interpretável. No caso do HIV, experiência e interpretação estão atravessadas por significados que recluem, isolam e expõem moralmente o paciente e a sua rede social. Os voluntários destacam-se nesta rede por serem os únicos que têm contato com pacientes. Em muitos casos são estigmatizados. Este artigo trata da experiência «Oportunidades y posibilidades a partir de la enfermedad: la experiencia de voluntarias con personas con el VIH/SIDA»universitas humanística no.64 julio-diciembre de 2007 pp: 93-112 95bogotá - colombia issn 0120-4807de voluntários com pessoas com HIV. A perspectiva fenomenológica permite estudar as percepções, verificações e modificações da doença. Os resultados mostram: primeiro, o HIV é uma oportunidade para agradecer um acontecimento passado; segundo, é a oportunidade para construir, por intermédio do altruísmo, um espaço de possibilidades para elas e seus pacientes; terceiro, o HIV mostra as carências sociais. Ainda que esta experiência não construa identidades políticas ou discursos de direitos, ela confronta e inverte significados negativos da doença por meio de ações de cuidado, cuja unidade essencial é o amor, o altruísmo e a fraternidade.