Cultivar a roça em tempos de conflito. Os protagonistas da guerra e a «gente de centro». O trabalho como diferenciador
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Este artigo busca dar conta das relações entre as atividades econômicas dos habitantes do médio Rio Caquetá (uitotos, muninanes, andokes, nonuyas) e os modos produtivos da guerrilha das FARC. Tais relações tiveram lugar nos tempos da conjuntura geopolítica derivada do rompimento dos diálogos de paz entre o governo do presidente Andrés Pastrana e as FARC no ano de 2002. Recorrendo a recursos descritivos, se demonstra a importância política que trouxe, para a vida indígena local, o «trabalhar» em meio da presença guerrilheira e a posterior arremetida do Exército. Destacam-se, por fim, os encontros econômicos que se deram entre a insurreição e as populações locais, intermediadas não somente pelas diferentes formas de produzir a vida social senão por uma série de interesses, desejos e subjetividades distintas que, no marco do conflito armado, reafirmam a condição das populações locais como sendo sujeitos culturalmente diferenciados.
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