Apesar da importância que têm o vestido e os objetos pessoais nos estudos de cultura material; existem poucas evidências arqueológicas e pesquisas sobre estes temas para o contexto colonial da Nova Granada que permitam compreender melhor os processos e práticas individuais e coletivas em torno do fato de vestir-se; e em particular; de vestir-se para a morte. Além das imagens amplamente difundidas e fortemente estereotipadas das classes sociais e raciais na Colônia; assim como também dos jeitos em que as diferentes pessoas supostamente tinham que se-vestir; esta pesquisa pretende fazer uma reflexão teórica sobre a construção destas categorias e suas limitações para interpretar a produção; o consumo; o intercâmbio e o uso de diferentes tipos de roupas e bens. As conclusões do estudo fundamentam-se nas análises de laboratório das evidências arqueológicas recuperadas em 2004 durante as escavações dos enterramentos na Igreja “La Candelaria”. Tais evidências incluem têxteis; ornamentos religiosos; calçados; adornos e outros objetos pessoais que pertenceram às elites entre o século XVIII e começos do século XX  em Santafé de Bogotá