xxxx
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Quero desenvolver o convite deste número a pensar e refletir sobre estabelecer vínculos com diferentes sistemas de vida a partir de uma aproximação a certas práticas culturais e ações cotidianas de cuidado que se configuram desde o frágil e criam tecidos de solidariedade para habitar o mundo e manter a vida. Este argumento será desenvolvido através de duas etnografias que realizei em anos anteriores e que hoje quero reler e repensar a partir dessas problemáticas. O primeiro trabalho de campo é o resultado de um processo de abordagem audiovisual e etnográfica a dois movimentos sociais: a Comunidade de Paz de San José de Apartado e a Organização de Mulheres Wayuu Munsurat. O segundo trabalho é uma aproximação aos processos que emergiram das reclamações e demandas comuns por parte das mulheres que lideraram a tomada de terras nos anos 80 no bairro San Martin de Porres/Bogotá. As perguntas que me acompanharam ao longo destas pesquisas têm a ver com: como estas etnografias nos empurram a repensar e questionar o que estamos entendendo pelo político a partir do cuidado e suas possibilidades de reparar e criar vínculos diferentes entre territórios e corpos? E porque é necessário ter uma aproximação ao cuidado e sua relacionalidade com manter o corpo e os territórios? As ações e coalisões criadas e geradas por estas mulheres desde a vulnerabilidade tinham como principal objetivo se manter e sobreviver, ou seja, reparar os tecidos vitais. E é precisamente isto o que me interessa grandemente, o indagar nessa articulação entre o cuidado-como a necessidade de manter a vida- e
care, ethnography, daily practices, the political, sustenancecuidado, etnografia, práticas cotidianas, o político, manter a vidacuidado, etnografía, prácticas cotidianas, lo político, mantener la vida
Carrasco, Cristina. 2001. “La sostenibilidad de la vida humana: ¿un asunto de mujeres?”. Mientras Tanto 82: 43-70.
Cortés Severino, Catalina y Laura Quintana. 2016. “Trasegares: una exploración por espacios cotidianos de la ciudad”. Cuadernos de Música, Artes Visuales y Artes Escénicas 11 (2): 51-73.
Federici, Silvia. 2014. La inacabada revolución feminista: mujeres, reproducción social y lucha por lo común. México: Ediciones desde abajo.
Giard, Luce. 2006. Hacer de comer. En La invención de lo cotidiano. Vol. 2: Habitar, cocinar, de Michel de Certeau, Luce Giard y Pierre Mayol. Madrid: Universidad Iberoamericana.
Gil, Javier. 2017. “Poéticas de lo cotidiano, estéticas de la vida”. Nómadas [Universidad Central - Colombia] (46): 212-225.
Guattari, Félix. 1989. Cartographies schizoanalytiques. París: Galilée.
Preciado, Paul B. 2008. “Cartografías queer: El flâneur perverso, la lesbiana topofóbica y la puta multicartográfica, o cómo hacer una cartografía ‘zorra’ con Annie Sprinkle”. En Cartografías disidentes, editado por José Miguel Cortés, 337-368. Barcelona: Seacex.
Riaño-Alcalá, Pilar. 2006. Dwellers of Memory: Youth and Violence in Medellin, Colombia. New Jersey: Transaction Publishers.