A escuta declinada em “theatre piece”, de john cage
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O legado de John Cage situa-se nos limites da abstração sonora a partir de uma notação musical instrucionalizada e de alto valor visual expositivo. Desde a década dos cinquenta até a publicação de Silencio (1961), as composições de tipo panteístico que aqui destacaremos responderão ao descobrimento de um novo tipo de configuração de eventos “temperados” a partir do oracular I Ching. Sua primogenitura filosófica correrá o risco de cair em uma efêmera entropia conceitual se não se leva em conta a medida do tempo para enfrentar-se ao evento, consequente da prática pedagógica profissional em nosso caso. Transitar a aleatoriedade em trabalhos como Theatre Piece (1960) sugere compartilhar um diálogo familiar de práticas sonoras nascentes para cada disciplina. A esterilidade que a obra panteística de Cage tem sofrido nos últimos trinta anos tem possibilitado desmaranhar o conflito conceitual que implica a desmaterialização do fato sonoro. A desfundamentação que aqui buscamos tem que ver com uma releitura da contemporaneidade híbrida no encontro criativo que revela uma metodologia processual e disruptiva na América Latina capaz de transformar a capacidade das estratégias institucionais transmitindo coletividades. A proposta silenciosa com a que Cage desordena a sabedoria ocidental de desesterilização permite às práticas cênicas contemporâneas sentir a necessidade de desmaterializar a natureza musical a favor de um tributo ao espaço mediador após favorecer os debates Inter geracionais em, desde, e para o sonoro.
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