Resumo
A teoria da contingência busca compreender como os diversos fatores internos e externos podem influenciar o desempenho organizacional. Nesta perspectiva, de busca do desempenho, as organizações traçam estratégias que devem ser atendidas para alcance de seus objetivos. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo analisar as relações entre estratégia pelo menor custo e fatores contingenciais. Para isso foi feito um estudo com micro e pequenas empresas, do município de Esperança- PB, que atuam no setor de produtos alimentícios. Foi feito um levantamento, por meio de questionários aplicados com os gestores dessas empresas. Para análise dos dados, foi utilizado a correlação de Spearman e análise multivariada. Os principais resultados por meio da análise multivariada mostraram que na percepção dos gestores o ambiente em que suas empresas operam é hostil, que suas organizações refletem a cultura nacional de extrema individualização e hierarquização impactando negativamente nesse ambiente de concorrência, onde funcionários e concorrentes são vistos como contingentes diante a sua perspectiva. As relações de Spearman mostraram que os fatores contingenciais externos são mais expressamente reconhecidos pelos gestores como influenciadores no alcance da estratégia empresarial, sendo o ciclo de informação e a mudança no sistema significativos e positivos. Isso demonstra necessidade de informações para tomada de decisão.
Aires, M., & Leonardo Cunha Callado, A. (2023). Fatores Contingenciais e Sistemas de Controle Gerencial: uma investigação nos supermercados paraibanos. ConTexto - Contabilidade Em Texto, 23(54), 2–21. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/view/128010.
Araújo, W. C; Jesus, J. O. N.; Pedro, F. J. D.; Rodrigues, L. K. O.; Santos, D. S.; Silva, I. S. (2019). Estudo socioeconômico do polo de confecções no Agreste de Pernambuco: uma análise descritiva e exploratória. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 11, p. 26812- 26826.
Baines, A.; Langfield-Smith, K. (2003). Antecedents to management accounting change: a structural equation approach. Accounting, organizations and society, v. 28, n. 7-8, p. 675-698.
Bandeira, H. T., & Callado, A. L. C. (2021). Fatores Contingenciais e a Importância Atribuída aos Indicadores de Desempenho: Uma Análise em Empresas de Construção Civil da Cidade de Recife, PE. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, v. 20, n. 1, p. 35-62.
Bomfim, E. T. do. (2020). Fatores contingenciais, estratégia competitiva e desempenho financeiro: um estudo em empresas de países membros do BRICS e do G7. Tese (Doutorado em Ciências Contábeis. UFPB – Paraíba.
Brandt, V. A. (2010). A contabilidade gerencial e sua relação com a teoria institucional e a teoria da contingência. Ciências Sociais Em Perspectiva, 9(16), 135–147.
Brito, R. P. D.; Brito, L. A. L. (2012). Ventaja competitiva, creación de valor y sus efectos sobre el desempeño. Revista de Administração de Empresas, v. 52, n. 1, p. 70-84.
Brito, R. P. D.; Brito, L. A. L. (2014). Dynamics of competition and survival. BAR - Brazilian Administration Review, v. 11, n. 1, 64-85.
Bruns, W.; Waterhouse, J. (1975). Budgetary control and organization structure. Journal of accounting research, Chicago, v. 13, n. 2, p. 177-203, 1975. Disponível em: https://doi.org/10.2307/2490360.
Burns, T.; Stalker, G. M. (1998). The management of innovation. London. Tavistock Publishing. Cited in Hurley, RF and Hult. Innovation, Market Orientation, and Organisational Learning: An Integration and Empirical Examination. Journal of Marketing, 62, 42-54, 1961.
Chandler, A. D. (1962). Strategy and structure – chap ters in the history of American industrial enterprise. Cambridge: MIT Press.
Chandler, A. D. (1990). Strategy and structure: Chapters in the history of the industrial enterprise. MIT press.
Child, J. (1972).Organization structure and strategies of control: a replication of the Aston study. Admnistrative Sciense Quarterly, 17:163-177.
Child, J. (1975). Managerial and organizational factors associated with company performance. Part 2. Journal of management studies, 12, 12-27.
Dallabona, L. F.; Nardelli, L. T.; Fernandes, A. R. V. (2019). Variáveis Contingenciais e Sistemas de Controle Gerencial Predominantes em uma Rede de Supermercados do Brasil. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, v. 7, n. 1, p. 58-77.
Donaldson, L. (2001). The contingency theory of organizations Sage, Thousand Oaks, CA.
Douglas, M.; Katikireddi, S. V.; Taulbut, M.; Mckee, M.; Mccartney, G. (2020). Mitigating the wider health effects of covid-19 pandemic response. BMJ (Clinical research ed.), 369, m1557. https://doi.org/10.1136/bmj.m1557.
Fainshmidt, S.; Wenger, L.; Pezeshkan, A.; Mallon, M. R. (2019). When do dynamic capabilities lead to competitive advantage? The importance of strategic fit. Journal of Management Studies, v. 56, n. 4, p. 758-787.
Fernandes, A. M.; Galvão, P. R. (2016). A Controladoria como ferramenta de gestão nas micro e pequenas empresas: um estudo da viabilidade e da relação custo benefício. Revista de Tecnologia Aplicada, v. 5, n. 1, p. 3-16.
Fernandes, T. de O., Câmara, R. P. de B. ., & Silva, G. R. da . (2023). Análise de fatores contingenciais e sistemas de controles gerenciais associados às práticas de gestão sustentáveis. Revista Ambiente Contábil - Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte - ISSN 2176-9036, 15(1), 306–325. https://doi.org/10.21680/2176-9036.2023v15n1ID28455.
Fiirst, C.; Beuren, I. M. (2021). Influência de fatores contingenciais no desempenho socioeconômico de governos locais. Revista de Administração Pública, v. 55, n. 6, p. 1355-1368.
Fonseca, M. A.; Quel, L. F. (2016). Ecologia das organizações: A construção do modelo ecológico organizacional. Revista Inovação Tecnológica, v. 6, n. 1, p. 70-82.
Greiner, L. E. (1972). Evolution and Revolution as Organizations Grow. Harvard Business Review, v. 50, n. 4, p. 37- 46.
Guerra, A. R. (2007). Arranjos entre fatores situacionais e sistema de contabilidade gerencial sob a ótica da teoria da contingência. Tese de doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Guerreiro, R.; Pereira, C. A.; Rezende, A. J. (2006). Em busca do entendimento da formação dos hábitos e das rotinas da contabilidade gerencial: um estudo de caso. Revista de administração Mackenzie, v. 7, n. 2, p. 78-101.
Goto, A. Y. H. (2013). A controladoria sob a perspectiva da teoria da contingência: a influência dos fatores contingenciais na área de controladoria divisional em subsidiárias de uma organização multinacional. 2013. 82 f. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) - FECAP - Faculdade Escola de Comércio Álvares Penteado, São Paulo.
Hair, J. F. et al. (2005). Análise Multivariada de Dados. Pofrto Alegre: Bookman.
Herdeiro, R. F. C. (2007). Escalonamento multidimensional. In: Corrar, L. J., Paulo, E., Dias Filho, J. M. (Org.). Análise Multivariada. São Paulo: Atlas.
Hernández, V.; Nieto, M. J.; Boellis, A. (2018). The asymmetric effect of institutional distance on international location: Family versus nonfamily firms. Global Strategy Journal, v. 8, n. 1, p. 22-45.
Hofstede, G. J.; Hofstede, G.; Minkov, M. (2010). Cultures and Organizations: software of the mind. 3 ed., Mc.Graw Hill, 2010.
Junqueira, E. R. (2010). Perfil do sistema de controle gerencial sob a perspectiva da teoria da contingencia. Tese (doutorado em ciências contábeis) – Programa de pós-graduação em controladoria e ciências contábeis, Universidade de São Paulo.
Khanna, G., Verma, T. (2023). Relationship between contingency factors and organisational performance mediated through strategic management accounting techniques- evidence from msmes in India. Journal of the asiatic society of mumbai, ISSN: 0972-0766, Vol. XCVI, No.8.
Kontinen, T.; Ojala, A. (2011). International opportunity recognition among small and medium‐sized family firms. Journal of Small Business Management, 49 (3), 490-514.
Lacerda, J. B. (2006). A contabilidade como ferramenta gerencial na gestão financeira das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs): necessidade e aplicabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília: CFC, n. 160, p.39-53, jul./ago.
Lawrence, P. R.; Lorsch, J. W. (1967). Diferenciação e integração em organizações complexas. Ciências administrativas trimestrais, 1-47.
Magnani, G., Zucchella, A., Floriani, D. E. (2018). A lógica por trás da seleção do mercado externo: Dimensões da distância objetiva vs. objetivos estratégicos e distância psíquica. International. Business Review, 27, n.1, p. 1-20.
Malinova, M.; Gross, S.; Mendling, J. (2021). A study into the contingencies of process improvement methods. Information Systems. 104. 101880. http://doi.org/10.1016/j.is.2021.101880.
Marconi, M.D. A.; Lakatos, E. M. (2022). Metodologia Científica (8th ed.). Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786559770670.
Marion, J. C; Ribeiro, O. M. (2017). Introdução à contabilidade gerencial. Saraiva Educação SA.
Marques, A. V. (2009). Planejamento e controle financeiro nas micro e pequenas empresas, visando à continuidade e à sustentabilidade. Anais... do Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Salvador, BA, Brasil, XXIX.
Martins, G. D. A.; Domingues, O. (2017). Estatística Geral e Aplicada, 6ª edição. Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597012682.
Merchant, K.A. (1984). Influences on departmental budgeting: An empirical examination of a contingency model -Accounting, organizations and society 9 (3-4), 291-307 – 1984 https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/0361368284900138.
Miles, R. E.; Snow, C. C.; Meyer, A. D.; Coleman, H. J. (1978). Organizational Strategy, Structure, and Process. The Academy of Management Review, v. 3, n. 3, p. 546–562. https://doi.org/10.2307/257544.
Mintzberg, Henry, et al. (2010). Safari de estratégia. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A.
Mintzberg, H.; QUIINN, J. B. (2001). O processo da estratégia. Porto Alegre: Bookman.
Otley, D. (2016). The contingency theory of management accounting and control: 1980–2014. Management accounting research, v. 31, p. 45-62.
Oyewo, B.; Vo, X.; Akinsanmi, T. (2020). Strategy-related factors moderating the fit between management accounting practice sophistication and organisational effectiveness: the Global Management Accounting Principles (GMAP) perspective. Spanish Journal of Finance and Accounting / Revista Española de Financiación y Contabilidad. V. 50. p. 1-37. https://doi.org/10.1080/02102412.2020.1774857.
Pletsch, C. S.; Lavarda, C. E. F.; Dallabona, L. F.; Oliveira, G. R. (2019). Influência dos fatores contingenciais ambiente e estratégia nos sistemas de controle gerencial de uma cooperativa agropecuária. Custos e @gronegócio on line - v. 15, n. 1, Jan/Mar.
Pohlmann, M. C. (2007). Análise de Conglomerados. In: Corrar, L. J., Paulo, E., Dias Filho, J. M. (Org.). Análise Multivariada. São Paulo: Atlas.
Porter, M. E. (2004). Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier.
Porter, M. E. (1996). What’s strategy? Harvard Business Review, v. 74, n. 6, p. 1-19.
Pyper, K.; Marie Doherty, A.; Gounaris, S.; Wilson, A. (2022). A contingency-based approach to the nexus between international strategic brand management and export performance. Journal of Business Research, Elsevier, v. 148(C), p. 472-488.
Resnik, P. A bíblia da pequena empresa. São Paulo: Makron, 1991.
Sánchez-Marín, G.; Pemartín, M.; Monreal-Pérez, J. (2020). The influence of family involvement and generational stage on learning-by-exporting among family firms. Review of Managerial Science, v. 14, n. 1, p. 311-334.
Silva, A. V. da ., Valdevino, R. Q. S. ., Silva, P. M. M. da ., & Oliveira, A. M. de . (2022). Utilização dos artefatos da contabilidade gerencial como influência nos fatores contingenciais: um estudo multicaso em clínicas médicas. Revista De Gestão E Secretariado (Management and Administrative Professional Review), 13(3), 790–811. https://doi.org/10.7769/gesec.v13i3.1367.
Silva, L. E. P. de C. e. (1985). Estratégia empresarial e estrutura organizacional sob a ótica mercadológica. Revista de Administração de Empresas, v. 25, n. 1, p. 35-51. https://doi.org/10.1590/S0034-75901985000100004.
silva, A. C. R. da. (2006). Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade. 2ed. São Paulo: Atlas.
Silva Júnior, S. D.; Costa, F. J. (2014). Mensuração e escalas de verificação: uma análise comparativa das escalas de likert e frase completion. Revista brasileira de pesquisas de marketing, opinião e mídia, São Paulo, v. 7, n. 7, n. 2, p. 1-16.
Siqueira, D. D.; Dieng, M.; Mazzer, L. P.; Barreto, I. G. (2022). Associação entre variáveis contingenciais e necessidade de informações gerenciais: um estudo empírico em micro e pequenas empresas. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 16, n. 3, p. 5-27.
Wilden, R.; Devinney, T. M.; Dowling, G. R. (2016). The architecture of dynamic capability research identifying the building blocks of a configurational approach. Academy of Management Annals, v. 10, n. 1, p. 997-1076.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Sabrina De Almeida, Emily Tavares Pessoa Maciel, Wenner Glaucio Lopes Lucena , Viviane da Costa Freitag